Waldemar Aristides dos Santos

Waldemar Aristides dos Santos naceu em Ubajara no dia 29 de julho de 1905. Filho de Joaquim Aristides dos Santos e Maria Aristides Soares, foi um dos primeiros habitantes da cidade que muito contribuiu para a constituição e consolidação do município de Ubajara, juntamente com seus conterrâneos Domício Pereira, Flávio Ribeiro Lima, José Gilberto de Sousa, Pe. Tarcísio Melo, dentre tantos outros.

Junto com quatro irmãos, lecionaram na primeira escola de Ubajara, conforme relato da Revista dos 50 anos de Ubajara. Em 07.09.1958 casou-se com Antônia Mourão dos Santos – D. Suraia, sua dileta companheira, por 27 anos, laços estes que só foram rompidos em 10.01.85, data do seu falecimento. Tiveram 06 filhos e 08 netos.

Sr. Waldemar, como era conhecido – um agricultor empreendedor, que como muita competência administrou os sítios da família, sendo destaque o Sítio Matriz. Lá, introduziu uma locomotiva à vapor que gerava energia para alimentar todo um complexo constituído de engenho de rapadura, serraria e máquina de pelagem de café.

Isso tudo nos áureos tempos da década de 50, mais precisamente no apogeu das culturas da cana-de-açúcar e café. Há registros que o madeiramento dos Patronatos de Viçosa do Ceará e Ubajara foram beneficiados lá.

Ele também se destacou como grande produtor de cana-de-açúcar, que conforme o Livro de anotações da Prefeitura Municipal de Ubajara, denominado – Exploração Agrícola, cujo exemplar único está na Câmara Municipal de Ubajara, destaca que Valdemar Aristides dos Santos, no ano de 1959, obteve uma produção que gerou o valor de 150.000,00 e que sobre este valor/produção pagou um imposto 1.950,00 em 04.02.60, colocando-o entre os 05 (cinco) maiores produtores do município de Ubajara.

Na década de 70, mais precisamente no governo estadual de Cesár Calls de Oliveira Filho, houve a implantação do café do IBC (Instituto Brasileiro de Café) com as variedades de mudas Mundo Novo e Catuaí, no Sítio Matriz, onde as primeiras mudas foram plantadas pelo próprio governador, tanto no campo como no jardim da propriedade, que existe até hoje. Inclusive Sr. Valdemar presenteou o governador do estado com um lote de terra, para construir uma casa de veraneio, que ficou conhecida como a Casa do César Calls.

A produção de café à época foi em torno 1.200 sacas/ano. Foi o primeiro usuário de energia elétrica rural de Ubajara, já no governo estadual de Adauto Bezerra, como também foi um dos 20 primeiros a instalar telefone, sob o número 213 e posteriormente 634-1213.

Homem de visão futurista, fez várias doações à Prefeitura de Ubajara com o objetivo de promover o desenvolvimento da cidade, tais como:

• PRAÇA DO MATADOURO (atualmente está encravado a caixa d`água, o prédio da Receita Federal, o CEO e a praça José Augusto) e o BAIRRO OPERÁRIO (atualmente o Bairro Monte Castelo), efetivadas no governo municipal de Flavio Ribeiro Lima, conforme escritura pública de doação registrada no Livro de Notas 05 às fls 85v à 87v de 25.09.1952, no Cartório de 2o Ofício de Ubajara-CE, COLÉGIO DA STA LUZIA, que recebeu o nome de Eudes Soares Cunha, MATADOURO e o BAIRRO VILA NOVA, efetivado no governo municipal de Raimundo Augusto (atualmente o bairro Vila Nova), POÇO PROFUNDO DA CAGECE, localizado no Sítio Olho D ́Água (que atualmente encontra-se abandonado).

Diante do relato acima, o seu filho – Joaquim Aristides Neto, pleiteia, que o Mercado Público de Ubajara, receba o nome de WALDEMAR ARISTIDES DOS SANTOS, haja vista que o imóvel (que foi desapropriado pela Pref. Municipal de Ubajara), onde está encravado a construção do mercado pertenceu a família Aristides, mais precisamente ao patriarca Joaquim Aristides dos Santos inclusive a casa centenária que foi demolida, nasceram todos os irmãos Aristides, dentre eles, Dr. Pedrosvaldo Aristides dos Santos (médico), Dr. Ariolino Aristides dos Santos (engenheiro civil) e Dr. Fco Pasteur dos Santos (desembargador, que por sinal o fórum da cidade de Cariré-Ce recebeu seu nome.