Conheça a história do sítio Matriz

Conheça a história do sítio Matriz, em Ubajara-Ceará

Por Teresinha Araújo Moura

O atual Município de Ubajara era habitado primitivamente pelos índios tabajaras. A primeira penetração foi feita por volta de 1604, por Pero Coelho de Souza, que tentou conquistar as terras férteis da serra de Ibiapaba.

Auxiliado pelos jesuítas Francisco Pinto e Luís Figueira, promoveu a pacificação dos índios e o desenvolvimento das aldeias que começavam a proliferar às margens do arroio Árabê. A obra dos jesuítas foi interrompida, no entanto, com o trucidamento do padre Francisco Pinto, pelos índios tocarijus, durante uma cerimônia religiosa, no dia 11 de janeiro de 1608, no local onde hoje se ergue a cidade de Ubajara.

Em 1877, acossadas pela seca e pela falta de viveres, as famílias de Bartolomeu Fernandes do Rego, Manuel Luis Pereira, Manuel Soares e Silva e Francisco Soares e Silva emigraram das zonas atingidas, instalando-se nos sítios Buriti, Pitanga e Pavuna. Quando a grande seca as atingiu, deslocaram-se para o lado sul de uma lagoa, denominada lagoa do jacaré, ali organizando um arruado que se chamou Jacaré, primitivo nome do Município. O núcleo foi se desenvolvendo, até que, em 1884, um incêndio o destruiu, obrigando os moradores a passarem para terras do lado oposto da lagoa.

Em poucos meses reconstruíram o povoado. Em 1886 foi erguida a capela em honra de São José, em terras doadas pelos beneméritos cidadãos José Rufino Pereira, José Lopes Freire e Joaquim Mulato, em 26 de Janeiro de 1883. A capela de São José foi sagrada no ano seguinte pelo primeiro vigário, Padre Manoel Lima de Araújo, da freguesia de São Pedro de Ibiapina, a cuja jurisdição pertenceu durante muitos anos. O distrito de paz foi criado em 1890, com a denominação de Vila de Jacaré.

Em 1915, por força da Lei 1.279, de 24 de Agosto, da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, conseguiu o Município autonomia administrativa, passando a denominar – se Ubajara.

Hoje, com a população em torno de 35 mil habitantes foi agraciada com uma Casa de Show de alto nível – Castelo Clube – que oferece estrutura para a execução dos mais diversos tipos de eventos, desde Feiras, Congressos, Workshops, Shows Culturais e Festas Sociais (Casamentos, Bodas, Debutantes, Aniversários, etc.).

Equipamento privado que veio enriquecer a infraestrutura de apoio ao desenvolvimento do turismo local e regional e ampliar e fortalecer o nosso calendário de eventos. Ubajara, que trabalha para consolidar os seus eventos tradicionais regionais como FEPAI – Feira de Produtos Artesanais e Industriais da Ibiapaba; a Exposição Agropecuária da Ibiapaba; Grandes Carnavais; Tradicional Reveillon, Festejo Junino; Paixão de Cristo; e a Semana do Município, além dos eventos esportivos e ligados à natureza, agora quer investir nos eventos de Congressos e Workshops.

História do Sítio Matriz

Sítio Matriz, sediado em Ubajara-CE, perfazendo uma área de 93he, sendo 55he de mata nativa, resquícios de Mata Atlântica, pertencente a família Aristides – homens e mulheres que estiveram a frente do seu tempo, sob a matrícula Nº 1617 de 21.05.17 do Cartório de Imóveis de Ubajara-CE – Nº na Receita Federal 5.126.861-2 e Nº no INCRA 147.060.003.395-6.

O casal Joaquim Aristides dos Santos e Maria Soares Santos tiveram 10 filhos, sendo 05 homens e 05 mulheres, conseguiu formar 02 deles, um em medicina e o outro em Engenharia Civil, os demais homens assumiram a gestão dos negócios da família – agropecuária, e as mulheres, como era peculiar à época, direcionaram-se para as atividades domésticas, apenas uma delas adentrou para a vida religiosa – Ir. Carlota atuando em Recife, mais precisamente no Hospital Português, onde coordenou o centro cirúrgico, daquele hospital, por vários anos.

Destaca-se especialmente o filho Valdemar Aristides dos Santos – que geriu os sítios situados na Serra, mais precisamente em Ubajara-CE e Francisco Aristides dos Santos – que geriu as fazendas situadas em Cariré e Tamboril, localizadas no semiárido cearense. Família regida por princípios éticos sólidos, pautada por uma amizade fraternal sem igual, mantiveram os bens em condomínio e todos se apoiavam na gestão, e todos participavam da lucratividade.

Registrou-se a participação especial do engenheiro/construtor Dr. Ariolino Aristides dos Santos e Dr. Pedro Osvaldo Aristides dos Santos – médico, como também de Raimundo Aristides dos Santos – o homem de frente dos serviços – o operacional. Um fato curioso desta prole de 10 filhos foi que apenas 03 casaram-se – Valdemar Aristides com a sobrinha Antônia Mourão Santos – Suraia, Dr. Ariolino Aristides dos Santos, com Suraia Caram, uma mineira com descendência árabe e Maria Santos Mourão com um agropecuarista político de Nova Russas Gonçalo de Aquino Mourão, os demais viveram na solteirice.

Fato curioso é o que não faltam nesta família, três deles – Seu Chico, Anízia e Abigail viveram mais de um século. Registra-se na 3ª geração a participação especial de Mouranízia Santos Mourão (Cariré) – a nossa tia Mourinha, que se dedicou especial aos ternos cuidados aos tios, e a gestão das fazendas do sertão, inovando no comércio, com a ajuda do seu sobrinho Joaquim Aristides Neto com as Lojas Caiçaras, em Cariré e Pacujá e em Ubajara com a Movelaria Popular.

Nos áureos tempos da década de 50, mais precisamente no apogeu das culturas da cana-de-açúcar e café havia no Sítio Matriz uma locomotiva ao vapor, que gerava energia para alimentar todo um complexo, constituído de engenho de rapadura, serraria e máquina de pilagem de café. No engenho, fabricava-se rapadura, a qual era comercializada para o sertão, através de comboieiros e caminhões via Crateús.

Já na serraria, preparavam-se madeiras destinadas à construção, tanto as de produção própria, como também terceiros, de quase toda a Ibiapaba traziam suas matérias-primas – a madeira, para ser beneficiada no Sítio Matriz, inclusive o madeiramento dos Patronatos de Viçosa do Ceará e Ubajara foi oriundo de lá. Com a máquina de pilagem de café, não foi diferente, tanto beneficiava o café de sua própria produção, como também beneficiava o café de outrem. Desta forma o Sítio Matriz foi destaque em toda a região Ibiapabana.

Conforme o Livro de anotações da Prefeitura Municipal de Ubajara, denominado – Exploração Agrícola, cujo exemplar único está na Câmara Municipal de Ubajara, destaca o Sítio Matriz, mais precisamente o seu proprietário/administrador Valdemar Aristides dos Santos, que no ano de 1959, obteve uma produção que gerou o valor de 150.000,00 e que sobre este valor/produção pagou um imposto 1.950,00 em 04.02.60, colocando-o entre os 05 (cinco) maiores produtores do município de Ubajara.

Na década de 70, mais precisamente no governo de Cesár Calls de Oliveira Filho houve a implantação do café do IBC (Instituto Brasileiro de Café) com as variedades de mudas Mundo Novo e Catuaí, no Sítio Matriz, onde as primeiras mudas foram plantadas pelo próprio governador, tanto no campo como no jardim da propriedade, que existe até hoje.

Inclusive o proprietário do Sítio Matriz presenteou o governador do estado com um lote de terra, para construir uma casa de veraneio, que ficou conhecida como a Casa do César Calls. Neste período a produção do sítio foi fantástica chegando a 1000 alqueires de café por safra. Mas com a escassez das chuvas a produtividade do café diminuiu fazendo com que os produtores se desestimulassem dos tratos culturais e abandonassem a cultura do café.

Ilustra-se com umas curiosidades: o Sítio Matriz foi o primeiro usuário de energia elétrica de Ubajara, já no governo de Adauto Bezerra, como também foi um dos 20 primeiros a instalar telefone, sob o número 213 e posteriormente 634-1213. Ousaram também na construção de uma residência de 02 (dois) pavimentos, numa arquitetura portuguesa, com a predominância de arcos.

Retomando a discussão econômica, com a chegada da Usina Agroserra na cidade de Ibiapina os agricultores regionais passaram o foco para a cultura da cana-de-açúcar, a qual era vendida para a respectiva Usina, destinada ao fabrico de álcool. Nesta conjuntura o Sítio Matriz ocupou a 5ª colocação como maior produtor/fornecedor, totalizando 6.000 toneladas por safra, neste período a gestão do sítio estava a cargo do filho primogênito de Valdemar Aristides, Joaquim Aristides Neto.

Posteriormente com o declínio do programa PROÁLCOOL e consequentemente a decadência da usina em pauta, foi redirecionado mais uma vez, a cana-de-açúcar para o fabrico da rapadura.

Em outubro/97, o administrador Joaquim Aristides, já casado com Teresinha Araújo Moura, ex-bancária do Banco do Estado do Ceará tiveram grandes avanços no âmbito do engenho de rapadura, tais como: registro da marca ENGENHO IBIAPABA; formalização da natureza jurídica, sob o Nº do CNPJ: 23.470.479/0001-25; introdução da rapadura em vários tamanhos e sabores, sendo adicionadas polpas de frutos, oriundo do próprio sítio, a qual foi direcionada para outros mercados consumidores a merenda escolar e supermercados; registro destes produtos no Ministério da Saúde, e na EAN Brasil, para a implantação de códigos de barras dos mesmos; foi introduzido também o melado e o açúcar mascavo no mix dos produtos; participação em várias feiras de produtos artesanais e agropecuários tanto no interior do estado como na capital.

Mas infelizmente com a demora da legalização da fábrica de rapadura, emperrados na burocracia, tendo que manter-se somente com o fabrico da rapadura tradicional, sob o jugo do atravessador, obtendo preços baixos, e ainda tendo que cumprir as exigências feitas pelo ministério do trabalho, aliado a falta de incentivos por parte do governo, o custo de produção ficou muito alto, então, em virtude disso, o engenho parou suas atividades, ficando de fogo morto, como diria o escritor contador de estórias e histórias José Lins do Rego.

Então a proposta da família Aristides hoje, que continua residindo no Sitio Matriz, a qual está na terceira geração, revigorada pela energia de 02 filhos adolescentes – Abigail Aristides e Valdemar Neto, que comporão a 4ª geração, em anos vindouros, propõe a revitalização econômica do respectivo sítio, sob outros moldes e atividades – Turismo Rural.

Agora com nova proposta e nova marca: RANCHO ENGENHO VELHO. Já que dispõe de vários atrativos tais como: uma casa sexagenária, com uma arquitetura em forma de arco, um engenho, uma capela, é muito arborizada, com plantas nativas, trilhas e cachoeira, inclusive a Piguruta, famosa cachoeira do município de Ubajara, que estava encravada no Sítio Benfica, pertencente também a família Aristides, o qual está interligado ao Sítio Matriz.

Pode-se dizer que o turismo rural é uma modalidade que tem por objetivo permitir a todos um contato mais direto e conservado com a natureza, a agricultura e as tradições locais, por meio da hospedagem domiciliar em ambiente rural e que também seja familiar.

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Oirta Gomes Miranda

Oirta Gomes Miranda: Uma Vida de Fé, Dedicação e Visão à Frente de Seu Tempo

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Por Melissa Vasconcelos Não gosto de me transformar em nada que eu não seja. Não gosto de me transformar em coisa nenhuma, pois nunca me mantenho em mim mesma. Sempre nos transformamos em nada do que pensamos, e tudo o que pensamos sobre nós, tripudia-nos como Judas tripudiou Jesus Cristo. Somos os Judas das nossas vidas, criando máscaras e filtros de definição, quando, na verdade, não sabemos quem somos. Os conceitos que já julguei sobre mim e outros foram trabalhos vãos, mudando como a água que nas cachoeiras. Em cada gole, descobrimos nuances inesperadas e desconhecidas das nossas profundidades ou superficialidades, não sendo bicho, nem fera: sendo humano. Significa assim dizer que não somos completos de modo algum, e que ainda que criemos conceitos ou fórmulas, a qualquer hora, nos auto decepcionaremos: somos frágeis, falhos e falsos. Frágeis por não haver consistência em nossos princípios, de modo que todos estão sujeitos ao erro. Falhos, porque, ainda que a casa esteja bem forjada e preparada, os erros são o constante ofício daquele que se arrisca a viver. Falsos, porque exigimos dos outros a perfeição e a fidelidade de ser que nem em nós mesmos se há a confiança de cumpri-lo. Assim, somos todos estúpidos: julgando uns aos outros até os dias das mortes e apontando dedos nos narizes alheios, sem enxergar os poros inflamados do nosso próprio nariz. O nunca só existe a quem não vive, e o sempre é a mentira daqueles que negam a morte. O mundo apodrece na própria carne. A carne morre na própria pena.

A ubajarense Lucivanda Fernandes lançou o livro Crescendo entre as Rosas. Cobertura de Monique Gomes para a revista da Academia Ubajarense de Letras e Artes.

Ubajara celebra o lançamento do livro “Crescendo Entre as Rosas”

Por Monique Gomes Na última sexta-feira, 3 de outubro de 2025, o município de Ubajara, conhecido como um dos grandes berços culturais da Serra da Ibiapaba, foi palco de mais um marco literário: o lançamento do livro “Crescendo Entre as Rosas”, escrito pela empresária Lucivanda Fernandes. O evento reuniu familiares, amigos e admiradores da autora em uma tarde de celebração, emoção e inspiração. A cerimônia aconteceu no Espaço Aromas e Flores, empreendimento idealizado pela própria Lucivanda, localizado no bairro Monte Castelo. O local, que oferece experiências multissensoriais por meio de serviços de spa, massagem, perfumaria e cafeteria, foi o cenário perfeito para um encontro que uniu arte, empreendedorismo e sensibilidade. Lucivanda, que é CEO da Fazenda Santo Expedito e diretora da Rota Turística Mirantes da Ibiapaba, apresentou sua obra em formato intimista, cercada por mulheres que fazem parte de sua trajetória. O livro narra em primeira pessoa as vivências de uma mulher que transformou desafios em aprendizados e construiu um legado de fé, coragem e liderança no agronegócio, no turismo de experiência e na perfumaria artesanal. Em entrevista à Camile Mendes, a autora emocionou o público ao falar sobre o significado da obra: “Aqui tem relatos e histórias de quem cresceu estudando, teve muitas experiências, recomeços e espero que inspirem mulheres a recomeçar com o que já têm”, declarou Lucivanda. Com uma narrativa envolvente e inspiradora, “Crescendo Entre as Rosas” convida o leitor a refletir sobre o poder do propósito, a força dos recomeços e o florescer de cada mulher diante dos desafios da vida. “Foi uma noite marcada por emoção, cercada de mulheres incríveis que, em algum momento, cruzaram o meu caminho e deixaram sua marca. Muitas delas me inspiram até hoje… e é para elas e para todas as mulheres que escrevi estas páginas”, completou a autora. Ubajara, terra de grandes escritores e artistas, reafirma assim sua vocação cultural ao celebrar o talento e a sensibilidade de mais uma filha ilustre da cidade. Lucivanda Fernandes, com sua obra de estreia, faz um tributo à força feminina e ao espírito empreendedor da mulher ibiapabana.

Acadêmicos tomam posse na Academia Ubajarense de Letras e Artes

Academia Ubajarense de Letras e Artes realiza cerimônia de posse

Por Monique Gomes Na noite de 27 de agosto de 2025, a Academia Ubajarense de Letras e Artes (AULA) promoveu a cerimônia de posse de novos membros. O evento, realizado na Câmara de Vereadores de Ubajara, foi marcado pela presença de autoridades, homenagens e forte emoção entre os participantes e a plateia. A solenidade foi aberta pelo presidente da instituição, Nicollas Aguiar, e contou com a entrada dos postulantes, execução do Hino Nacional e leitura do histórico da Academia. Estiveram presentes personalidades como o Promotor de Justiça Dr. Marcos Vinicius, a Dra. Maiza Araújo, representando a magistratura, o senhor Humberto Ribeiro, a Dra. Priscila, representante da OAB, entre outras. Durante a cerimônia, cada acadêmico foi oficialmente empossado com a leitura da biografia de seus respectivos patronos, seguida da apresentação da própria trajetória e finalizada com a entrega do diploma. O momento foi marcado por discursos emocionados. Foram empossados: Em discurso comovente, Marcelo Miranda destacou: “Assumir a cadeira de número 3 da AULA é aceitar um legado. O patrono desta cadeira, Manoel Ferreira de Miranda, não foi apenas um homem de letras de Ubajara, foi também meu bisavô, a quem chamo de Pai Vô.” Após o juramento dos novos acadêmicos, a noite seguiu com o pré-lançamento do livro da acadêmica Ilma de Oliveira, a homenagem ao autor do Hino de Ubajara, José Maria Fernandes, e a execução do hino municipal com a participação de Marcelino Fernandes. A cerimônia foi marcada não apenas pela formalidade e solenidade, mas também pelo sentimento de pertencimento, orgulho e emoção que tomou conta da plateia e dos acadêmicos. Foi um verdadeiro marco cultural para Ubajara, fortalecendo ainda mais a missão da Academia em preservar e valorizar a literatura e as artes da região.

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