Carta do ubajarense José Maria Fernandes
À Academia Ubajarense
ARTIGO
Por José Maria Fernandes
1/27/20252 min read


Por José Maria Fernandes, 22 de janeiro de 2025
No momento em que recebo a grande distinção de ser homenageado pelos amigos da Academia Ubajarense de Letras e Artes de Ubajara, gostaria de fazer uma sucinta exposição de todas as escolas que funcionaram em Ubajara, a partir de 1910, ou seja, antes da conquista da autonomia do município, antes distrito de Ibiapina, que ocorreu a 24 de agosto de 1915, até 1960.
A primeira escola pública da cidade foi construída em 1944, pelo governador-interventor Dr. Menezes Pimentel, e teve o título de Escolas Reunidas de Ubajara, cuja utilidade foi grande, inclusive para apresentações de teatro e cinema. Foi ali onde, o professor Edmundo Macedo encenou a peça “O Ébrio”, interpretada pelos irmãos Zequinha Souza e Maria Helena.
Antes da modesta Escolas Reunidas, que virou residência, a escola particular mais famosa foi da professora Marocas Perdigão, a quem se deve a preparação de grandes intelectuais da cidade, a começar por Raimundo Magalhães Júnior, que chegou à Academia Brasileira de Letras. Ela preparou com total eficiência quase duas gerações de ubajarenses.
É preciso fazer justiça a outro professor primário que prestou enormes benefícios à Educação, a uma cidade que apenas começava a se desenvolver. O respeitado e estimado professor Joaquim Furtado, que por mais de 30 anos manteve a sua inesquecível escola rural, iniciada no Sítio do Meio, e que resistiu até 1970, na localidade do Pitanga. Foi ele quem realizou o primeiro desfile cívico com seus alunos nas ruas de Ubajara, com cena de proclamação, Príncipe D. Pedro e tudo.
Outra figura, “caída do Céu” dos Inhamuns foi o professor Francisco de Assis Feitosa, que foi definitivamente “adotado” pela cidade, sendo que da sua Escola Cesário Costa saíram incontáveis estudantes para escolas civis e militares da capital cearense e outras metrópoles. Foram 15 anos em que ele, com cultura e segurança, transformou alunos em oficiais das Forças Armadas, engenheiros, médicos, advogados e outras carreiras importantes.
Outras Escolas foram criadas, antes que que pudéssemos contar com os cursos ginasial e de segundo grau. Em 1953, na tentativa de se criar um Ginásio, equiparado ao D. Pedro II – RJ, uniram-se jornalista Manuel Miranda, Padre Moacir, vigário da Paróquia, jornalista Ubatuba de Miranda, professor Hemetério e Eudes Menezes, criaram o Educandário Frederico Ozanam, que seria a semente do nascedouro do Colégio planejado. Mas, a ideia teve vida curta. Funcionou na Escolas Reunidas.
Também Vale registar tentativa do Padre Moacir que, aproveitando a boa estrutura da Sede da Irmandade de São Vicente de Paula, tentou levar m frente uma pequena, mas, bem instalada Escola São Vicente que mesmo contando com a colaboração do professor Hemetério e a professora e artista Alaíde Holanda, não foi adiante, à falta de maior apoio e de recursos.
Por ter sido testemunhe a partícipe de algumas escolas de Ubajara, decidi oferecer à Academia essa modesta contribuição, cujo objetivo maior e mais importante é o de ajudar a evitar que os esforços dos educadores do passado do passado de Ubajara no campo da Educação sejam atirados no rol do esquecimento.
Muito tem sido feito recentemente, o que poderá ser melhor testemunhado por aqueles que vêm acompanhando de perto os notáveis avanços no campo da Educação e da Cultura na nossa terra, modesta, mas, motivo do nosso orgulho. Muita gratidão a todos os que lembram o meu nome como ubajarense homenageado, sempre disposto a mostrar todo o amor pela minha Ubajara.
Academia Ubajarense
de Letras e Artes


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