
Patronos
Academia Ubajarense de Letras e Artes
Em breve, outros nomes
serão adicionados.


Pedro Ferreira de Assis é uma figura ilustre de Ubajara, embora tenha nascido em Ibiapina, no dia 4 de outubro de 1881. Com uma inteligência e força de vontade notáveis, ele aprendeu a ler e escrever por conta própria, como autodidata, e foi muito além do que se esperava.
Vindo de uma origem humilde, trabalhou inicialmente como operário rural e, aos poucos, construiu seu caminho até se tornar um grande proprietário agrícola. Em meio às longas jornadas de trabalho, encontrava tempo para mergulhar nos clássicos da literatura nacional e estrangeira, o que despertou nele o desejo de ser escritor.
Como resultado, publicou 14 livros, abordando temas diversos como:poesia, crônicas, romance, artigos, sociologia e geografia. Pedro foi eleito cinco vezes prefeito de Ibiapina. Em 1940, mudou-se com a família para Ubajara, onde viveu até o falecimento, em 3 de agosto de 1975. Seu corpo foi sepultado em sua cidade natal, mas seu legado foi profundamente enraizado em Ubajara.
Sua dedicação ao povo e seu compromisso com a nova cidade fizeram dele um dos grandes ubajarenses. Um de seus trabalhos mais notáveis foi o primeiro mapa detalhado da Gruta de Ubajara, que lhe rendeu uma premiação honrosa do Instituto Geográfico Brasileiro e colocou Ubajara como destaque entre as atrações turísticas do Norte e Nordeste do Brasil. Estudou a Gruta de Ubajara minuciosamente.
No interior da caverna, armou uma tenda de trabalho e ficou por quase uma semana, com ajudantes e operários, realizando estudos importantes. Escreveu um trabalho de observações e desenhou um mapa cuidadoso de todas as dependências da Gruta, uma contribuição valiosa à divulgação da maior atração turística da região.
Entre suas obras, destacam-se Dicionário Histórico e Geográfico da Ibiapaba, O Pensamento é Quase Alma, Camarão - Filho do Ceará, Ubajara, a Gruta do Brasil, e Minha Autobiografia.


Em breve


Manoel Ferreira de Miranda nasceu em Granja, Ceará, em 2 de agosto de 1886. Apesar de não ter concluído os estudos secundários devido a limitações financeiras, destacou-se no cenário intelectual e jornalístico cearense do início do século XX até meados dos anos 1950.
Miranda foi um prolífico escritor, produziu poesias, sonetos, contos e prosas. Em Ubajara, para onde se mudou ainda jovem, fundou o jornal “A Ibiapaba” em parceria com Craveiro Filho, além de ter colaborado com José de Vasconcelos no jornal “O Serrano” em 1909. Em 1924, lançou a “Gazeta da Serra”, que circulou até 1929, quando fundou em Fortaleza o vespertino “À Tarde”.
Sua trajetória e produção literária foram registradas no livro Memórias de Manoel Ferreira de Miranda (O EMES), de Maria Oirta Gomes Miranda, publicado em 2006 pela Editora Ottoni, que reúne crônicas, poemas e artigos de seus diversos jornais.
Além de seu trabalho literário, Miranda foi lojista, farmacêutico e uma voz ativa na política local, participando das primeiras sessões da Câmara de Vereadores de Ubajara entre 1916 e 1917. Contudo, foi no jornalismo que sua inteligência se destacou. Como redator do “À Tarde” em Fortaleza, contou com a colaboração de figuras renomadas como Papy Junior e Perboyre Silva.
Miranda adotava o pseudônimo “EMES” e conquistava os leitores com seu estilo acessível e humor refinado, abordando temas cotidianos e culturais. Suas obras enfatizavam aspectos tradicionais e folclóricos do Ceará, especialmente da Serra da Ibiapaba.
Entre seus livros estão Milagre do Coração, que explora a crendice popular e a cura por orações, e Cousas que Acontecem, com duas edições e cerca de 3.000 exemplares vendidos, onde retratava tipos populares e lendas locais, como a do vaqueiro Zé da Luz.
Manoel Ferreira de Miranda faleceu no Rio de Janeiro, em 22 de julho de 1955, deixando um legado marcante no jornalismo e na literatura cearense.


Hemetério Augusto Pereira foi poeta, jornalista e pesquisador, além de servir à prefeitura de Ubajara em funções importantes nos primeiros períodos legislativos da cidade.
Também atuou como professor de geografia e história no Ginásio São José (INSF) e contribuiu significativamente tanto para a Justiça Eleitoral quanto para a justiça comum.
Casado com Dona Francisca Adalgisa Pereira, com quem teve 10 filhos, ele ainda possuía uma grande vocação para as atividades agrícolas, onde aplicava seu conhecimento com paixão e dedicação.


Oscar de Oliveira Magalhães nasceu no dia 03 de agosto de 1901. Filho do casal Esmerino de Oliveira Magalhães e Francisca Máxima Magalhães, foi irmão de Raimundo Magalhães e tio de Raimundo Magalhães Junior, um dos imortais da Academia Brasileira de Letras - ABL.
Isso porque sempre foi um atuante colaborador e autor de uma vasta produção literária. O Centro Cultural de Ubajara, por reconhecimento, ostenta seu nome nesse espaço voltado à cultura.
Dessa forma, Oscar Magalhães, por pertencer a uma família de literatos, o irmão jornalista na imprensa carioca, o sobrinho, acadêmico da ABL, ele, Oscar, autodidata, não tardou ser reconhecido.
Publicou um livro no gênero poesia intitulado “Livro Estranho”, prefaciado por Otacílio Colares, comentado por Moreira Campos e Antônio Pereira.


Em breve


Raimundo Magalhães Júnior, nascido em Ubajara, CE, em 12 de fevereiro de 1907, e falecido no Rio de Janeiro em 12 de dezembro de 1981, foi um renomado jornalista, biógrafo e dramaturgo brasileiro.
Filho do jornalista Raimundo Magalhães, que publicou o Vocabulário Popular em 1911, ele começou seus estudos em Ubajara e depois em Campos, onde, aos 17 anos, continuou sua educação e entrou no jornalismo como redator-chefe da Folha do Comércio. Em 1930, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde sua carreira floresceu.
A partir de 1927, Magalhães Júnior já escrevia peças e contos, lançando seu primeiro livro de contos, Impróprio para Menores, em 1934 pela Editora Record. No cenário jornalístico carioca, trabalhou como secretário de A Noite Ilustrada, fundou o Diário de Notícias, e dirigiu revistas influentes como Carioca, Vamos Ler e Revista da Semana.
Em sua experiência internacional, foi correspondente da Guerra do Chaco no Paraguai e passou três anos nos Estados Unidos colaborando com grandes veículos de comunicação.
Eleito para a Academia Brasileira de Letras (ABL) em 9 de agosto de 1956, ocupou a Cadeira 34, sendo recepcionado por Viriato Correia e, mais tarde, recebendo os Acadêmicos Dinah Silveira de Queiroz e Jorge Amado. Raimundo também teve uma carreira política como vereador do Distrito Federal, eleito em 1949 e reeleito em 1954, e foi signatário do Manifesto da Esquerda Democrática, que deu origem ao Partido Socialista Brasileiro.
Magalhães Júnior destacou-se no teatro, com mais de trinta peças, incluindo Carlota Joaquina, O Imperador Galante, Vila Rica, Canção Dentro do Pão, e Essa Mulher é Minha. Ele também teve um papel central na Sociedade Brasileira de Autores Teatrais, atuando como diretor e conselheiro do Serviço de Defesa do Direito Autoral, além de presidir a Associação Brasileira de Tradutores.
Reconhecido por sua contribuição à cultura, recebeu vários prêmios literários: o Prêmio do Serviço Nacional do Teatro, Prêmio Brasília de Literatura, e o Prêmio Juca Pato, entre outros. Como membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e sócio correspondente dos institutos de São Paulo e Ceará, Raimundo Magalhães Júnior deixou um legado de impacto na literatura, teatro e história do Brasil.


Em breve


Raimundo Eufrásio Oliveira nasceu no Sítio Carpina em Ubajara no ano de 1916, Raimundo Eufrásio é um dos 16 filhos do casal Joaquim Guilherme Eufrásio de Oliveira e Jovina Maria de Jesus Eufrásio, era seu irmão o primeiro sacerdote ordenado filho de Ubajara o também imortal nesta Academia: o Monsenhor Gonçalo Eufrásio.
Com o pseudônimo “RADÉSIO SERRANO” Raimundo Eufrásio viu em 1933 sua primeira colaboração ser publicada no Jornal “A ORDEM” de Sobral, quando contava seus 17 anos, colaborou ainda em “O JORNAL”, NO “CORREIO DA SEMANA”, em “O PATRONATO”, no jornal “O ELEFANTE”, em “O VAGALUME”, ambos sobralenses.
Raimundo Eufrásio via nos jornais um lugar privilegiado repleto de combatividade, que era a autêntica expressão democrática dos problemas das classes ao tempo que testemunhava uma expansão cultural.
Com o ingresso no serviço público Federal, prestou serviço no IBGE, lotado na cidade de Tianguá, fato este que o afastou dos grandes centros e o impossibilitou de colaborar com a imprensa na Capital, o que só era possível a partir do ano de 1960.
Foi aí que o “RADÉSIO SERRANO” passou a colaborar assiduamente nos “DIÁRIOS ASSOCIADOS” que integravam os dois melhores órgãos da imprensa – “O UNITÁRIO E O CORREIO DO CEARÁ”, bem como no jornal “GAZETA DE NOTÍCIAS”, no “O POVO”, entre outros, escreveu ainda artigos para a conceituada REVISTA DO INSTITUTO DO CEARÁ.
Como fruto de suas diversas colaborações na imprensa em 1983, lhe foi concedida as honras de ser membro da Academia de Letras Municipais do Brasil, foi membro do Centro de Estudos Históricos e Antropológicos do Ceará, na condição de secretário; Sócio-correspondente da Academia Sobralense de Estudos e Letras; e ainda sócio efetivo da Associação Cearense de Imprensa.
Seu arquivo particular reúne cerca de quinhentos trabalhos produzidos para a imprensa, como: crônicas, reportagens, artigos, necrológios, notas sociais e discursos diversos. Todos os recortes de jornais atestam a sua luta através da imprensa, caracterizada pelo meu amor às causas legítimas e justas do povo, da família, das instituições nacionais, na defesa dos seus direitos universais e no estímulo às virtudes do homem e das nossas gerações.
Por um período de cerca de 25 anos, focalizou seus artigos e crônicas nas reivindicações e direitos da nossa querida cidade de Ubajara em três principais vertentes: o progresso, o bem estar, e a emancipação econômica.


Em breve


Raimundo Jácome de Melo nasceu em Crateús, Ceará, no dia 13 de novembro de 1921. Sua educação formal foi limitada aos estudos primários na casa de familiares e aos cursos internos da Polícia Militar.
Ele interrompeu a carreira para acompanhar o tratamento médico de sua mãe, Maria Bezerra do Espírito Santo, e também para cuidar de oito irmãos e ajudar o pai, Jácome de Melo, nos trabalhos da fazenda.
Após deixar a vida militar, voltou-se novamente para a poesia. Dessa experiência, ao lado de Francisco Jácome de Melo, produziu o livro Os Prantos do Sertão, entre outras obras, explorando temas como o sofrimento, a seca e a força do homem nordestino.
Em 30 de maio de 1950, casou-se com Maria Vilanir de Melo, com quem teve sete filhos. Em 24 de abril de 1953, mudou-se para Ubajara, onde passou a trabalhar no comércio ao lado do também comerciante e poeta Bahe Macedo. Dessa parceria, nasceu uma forte amizade comercial e literária.
Homem simples do sertão, Raimundo se dedicava à poesia e aos repentes. Sua obra se divide em três temas principais: o sertanejo, o religioso e o cotidiano. Com um estilo único, ele incorporava expressões e temas populares em seus versos, mas guardou boa parte de sua produção, sem publicá-la, exceto por algumas participações especiais nos programas Ceará Caboclo e Meu Chodó, transmitidos pela TV Cultura do Ceará.
Com o desejo de contribuir para a cultura e o lazer em Ubajara, especialmente para os jovens e trabalhadores, ele se uniu a Alberto Alves da Silva, Luiz Fernandes de Sousa, Francisco Jácome de Melo, José Aniceta de Sousa, Lindolfo Cunha Freire, Manuel Francisco de Paiva, Paulo Furtado de Mendonça, Raimundo Mulato, Lourenço Vieira da Silva, Raimundo Batista de Souza e outros, para fundar, em 8 de dezembro de 1940, o Círculo Operário São José, que mais tarde se tornou a União Operária São José de Ubajara. Raimundo ocupou diversos cargos na diretoria dessa instituição.
Sempre comprometido com as causas da cidade, foi um dos principais conselheiros durante as gestões de Flávio Ribeiro Lima e Francisco Pinto Henry. Raimundo acompanhou e celebrou o crescimento de Ubajara. Religioso, participou ativamente da Congregação Mariana e de outras entidades, contribuindo com aconselhamento e práticas de fé.
Raimundo Jácome de Melo se tornou uma figura marcante na história de Ubajara. Sua sabedoria era procurada por estudantes, professores, poetas e escritores. Monsenhor Francisco Tarcísio Melo o considerava uma verdadeira lenda viva, uma "biblioteca humana" repleta de mitos, contos e histórias sobre a cidade.
Em 27 de março de 1998, foi homenageado com o título de Cidadão Ubajarense em uma sessão solene. Raimundo Jácome de Melo faleceu em 23 de janeiro de 2012, deixando um legado na cultura e na história de Ubajara.


Em breve


Maria Lira Alves nasceu no dia 07 de Outubro de 1923 na comunidade da Moitinga, em Ubajara. Filha do senhor Joaquim Lira Alves e Carlota Maria Siqueira.
Residente na Rua Abdelkader Magalhães, no bairro Monte Castel, teve uma vida alicerçada em dificuldades de todas as formas possíveis em momentos históricos superado pela forma singular de vivência ética, religiosa e humana de uma família.
Deixou um legado de vida inigualável como ser humano e quatro obras literárias : Cantemos ao Senhor ao Som da Lira, Poesias- 2006, Curso de Ministro Extraordinário da Eucaristia e Ministro da Palavra 2007 e Louvor em Lira -Poesia-2007.
Também contribuiu com várias letras de músicas de capelas das comunidades pertencentes a Paróquia de Ubajara a qual tem São José como Padroeiro. Faleceu no dia 07 de Maio de 2020 aos 83 anos.


Edmundo Macedo, filho de Bhaé Macedo e Francelina de Oliveira Lima, nasceu em Ubajara, Ceará, no dia 20 de novembro de 1923.
Naquela época, a vila ainda não contava com escolas, e muitas crianças aprendiam a ler e escrever em casa, com a professora Maroca Perdigão.
Em seu aniversário de 11 anos, Edmundo recebeu um presente inesquecível dessa professora querida: uma cartilha com capa de papelão.
Edmundo nutria um imenso carinho pelas pessoas ao seu redor, e essa lembrança da professora tornou-se um símbolo de gratidão em sua vida, mantido com afeto por muitos anos.
Em um depoimento emocionante, já aos 71 anos, ele registrou: “Pela ternura, modéstia e sabedoria que caracterizam sua pessoa, receba do seu mimoso onde moras, rodeada de anjos, um beijo deste seu aluno.”
Na juventude, Edmundo seguiu seus estudos pelo Seminário Dom José Tupinambá da Frota, em Sobral. Com o tempo, deixou o seminário e se mudou para São Paulo, cidade repleta de oportunidades e desafios.
Na capital paulista, Edmundo encontrou o amor e formou uma família, tornando-se pai de três filhos, que encheram sua vida de alegria. Apesar da nova vida em São Paulo, o coração de Edmundo permanecia ligado a Ubajara. Foi esse sentimento que o inspirou a criar O Senhor da Canoa, uma revista impressa dedicada à sua terra natal.
Em cada edição, ele narrava histórias de sua juventude, celebrava as tradições e revivia as lembranças da cidade. A revista não só preservava memórias, mas também mantinha um elo de nostalgia para os ubajarenses distantes, conectando a vida agitada da metrópole com a serenidade de Ubajara.
Assim, Ubajara renascia nas páginas de sua revista, capturando a essência da cidade que tanto amava.
Edmundo Macedo tornou-se um verdadeiro embaixador de Ubajara, deixando um legado de amor e dedicação à sua terra, que seguirá inspirando as próximas gerações.


Neide Moreira Freire nasceu em Lavras da Mangabeira, Ceará, no dia 23 de maio de 1924. Filha de Laura de Oliveira Moreira e Isaías Moreira, ela se tornaria uma figura de destaque na literatura cearense e brasileira, deixando um legado duradouro nas letras.
Desde cedo, Neide teve contato com a educação, com os professores João Augusto Banhos e José Luiz da Silva Ramos, e sua trajetória intelectual foi marcada por uma busca constante pelo conhecimento.
Em 8 de dezembro de 1941, formou-se como Professora Normalista. Continuou a formação com o curso de reciclagem para professores em 1969 e um curso de Atualização em Literatura Infantil na Academia Cearense de Letras. Em 1986, concluiu o bacharelado em teologia pela Faculdade Universal de Teologia de São Paulo.
Profissionalmente, Neide começou a atuar no magistério público estadual em 1942, inicialmente em Ibiapina e, posteriormente, em São Benedito. Em 1949, transferiu-se para Ubajara, onde dirigiu a Escola de Ensino Fundamental Grijalva Costa por 15 anos, até se aposentar do magistério em 1973.
Em 1981, assumiu a direção do Complexo Educacional Francisco de Oliveira Moura, ligado ao DNOCS.
Na literatura, Neide Freire deixou sua marca com as obras Acendalhas (crônica e poesia, 1987) e Poemas e Lembranças (2008). Em Fortaleza, foi presidente da Ala Feminina da Casa de Juvenal Galeno (1992-1994), ocupando a cadeira nº 53, cuja patrona é a professora Maria Gonçalves da Rocha Leal.
Ela também coordenou a Revista Jangada, foi integrante da Associação de Jornalistas e Escritores do Brasil (AJEB-CE) e membro de várias academias literárias, incluindo a Academia Lavrense de Letras, Academia Irajaense de Letras (RJ), Academia Literária Feminina do Rio Grande do Sul (RS), União Brasileira de Trovadores (UBT), e Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará (ALMECE).
Neide participou de inúmeras publicações em revistas, antologias e jornais pelo Ceará e em outros estados. Seu nome consta no Dicionário da Literatura Cearense, Dicionário de Mulheres, Ensaios e Perfis, e Cearenses Notáveis. Recebeu várias honrarias ao longo de sua vida, incluindo o troféu Mons. Francisco Tarcísio Melo, concedido pela prefeitura de Ubajara em 2001, e uma homenagem da Assembleia Legislativa do Ceará em 2004, no Dia Internacional da Mulher.
Neide Freire faleceu em 10 de maio de 2018, aos 94 anos, devido a complicações do diabetes. Além de uma família com 11 filhos, ela deixou uma contribuição inestimável para a literatura cearense e brasileira, sendo lembrada como uma figura que permanece viva no universo das letras.


Em breve


Antônio Miranda Neto nasceu em 30 de março de 1926 e faleceu em 22 de março de 2009, aos 83 anos.
Em 12 de junho de 1957, casou-se com Maria Lêda Costa da Cunha, com quem teve cinco filhos: Marta Lêda, Vera Lêda, Ivo Antônio, Eli Antônio e Nara Lêda. A família cresceu, e hoje conta com 12 netos e 8 bisnetos.
Em entrevista ao jornal O Senhor da Canoa, Edmundo Macedo destacou Antônio Miranda como um exemplo de cidadão, ressaltando sua dedicação, HONESTIDADE e PERSEVERANÇA.
Antônio Miranda foi uma figura essencial para o desenvolvimento de Ubajara, contribuindo em várias frentes. No comércio, criou a AGÊNCIA MIRANDA, que se tornou a maior loja da região norte do Ceará nas décadas de 1970 e 1980.
Na indústria, fundou a fábrica de colchões VERAMAR. No setor cultural, o cineteatro IVELI, onde trouxe artistas como o rei do baião, Luiz Gonzaga. No turismo, construiu a Pousada da Neblina e, ao lado do governador César Cals, colaborou na implementação do bondinho da cidade.
Ativo na comunidade, foi presidente do Lions Club de Ubajara e vice-governador do Distrito L-15 Lions Internacional, além de ser o primeiro presidente do Clube de Diretores Lojistas (CDL). Sempre solidário, ofereceu apoio a várias entidades beneficentes de Ubajara.
Antônio expressava seu amor pela cidade em sua frase marcante: “Ubajara foi meu grande sonho, um sonho imortal, um sonho lindo e arrebatador que tive.”


Monsenhor Francisco Tarcísio Melo, natural de Ibiapina-CE, nasceu em 22 de dezembro de 1926, filho de João Alfredo e Maria Aguiar Melo. Estudou em Sobral e depois ingressou nos seminários de Sobral e Crato, onde completou os estudos em Filosofia e Teologia. Foi ordenado sacerdote em 1951 e celebrou sua primeira missa em Ibiapina.
Em 1960, transferiu-se para Ubajara, onde assumiu a paróquia de São José, exercendo o ministério por mais de 50 anos e se tornando um importante líder religioso e comunitário. Durante sua gestão, incentivou a construção de diversas capelas em Ubajara e arredores, promovendo o fortalecimento da fé católica na região.
Além do trabalho religioso, Monsenhor Tarcísio se destacou no setor educacional. Fundou a Escola Normal Sagrado Coração em 1964, que foi posteriormente integrada à rede oficial. Quando a cidade recebeu a Escola Estadual Governador Waldemar Alcântara, ele foi fundamental na doação do terreno para sua construção. Em homenagem a seu trabalho, uma escola municipal foi batizada com seu nome.
Monsenhor Francisco Tarcísio Melo faleceu em 11 de abril de 2015, em Fortaleza, e foi sepultado no cemitério São José de Ubajara, conforme seu desejo. Sua memória permanece viva entre os moradores da cidade e da região.


Dário Macedo foi um escritor e jornalista natural de Ubajara, Ceará, filho de Edgar Brito Macedo e Guimar Costa Macedo. Ele contribuiu significativamente para a cultura e história de Ubajara e do Ceará, tanto através de suas obras literárias — incluindo os livros Mocidade e Civismo, Política, Nem Sempre e Do Alto da Torre — quanto por meio do jornalismo.
Fundou jornais em Ubajara e Fortaleza, como Águia de Haia e O Planalto, e atuou como correspondente para os jornais Correio do Ceará, Unitário e o carioca Diário de Notícias.
Dário também ocupou o cargo de chefe da Casa Civil do governo de Plácido Castelo entre 1966 e 1971. Sua influência se estende como uma importante referência cultural para Ubajara e o Ceará, e ele é lembrado por seu legado como patrono da cadeira nº 19 da Academia Ubajarense de Letras e Artes.


Francisco Iweltman Mendes, nascido em Sobral e ubajarense de coração, encontrou em Parnaíba o local ideal para realizar seus maiores sonhos nas áreas familiar, educacional e política.
Formou-se em História pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (1988) e em Estudos Sociais pela mesma instituição. Especializou-se em Metodologia do Ensino Superior pela Universidade Federal do Ceará (1989), obteve o título de mestre em Educação pela Universidade Federal do Piauí (1999) e, mais tarde, concluiu seu doutorado em Educação na Universidade de La Empresa (2011).
Atuou como secretário de educação de Parnaíba entre 2001 e 2004 e, em seguida, foi eleito vereador da cidade para o mandato de 2005 a 2008. Francisco também é membro da Academia Parnaibana de Letras e sócio fundador do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Parnaíba. Em 2011, recebeu a honraria do Mérito da Renascença do Estado do Piauí.
Autor de 16 livros, alguns de seus títulos incluem: Parnaíba: Educação e Sociedade – da colonização ao fim do Estado Novo, Parnaíba: Educação e Sociedade – da colonização à primeira república, e Associação Comercial de Parnaíba: Lutas e Conquistas, entre outros.


Waldemar Aristides dos Santos naceu em Ubajara no dia 29 de julho de 1905. Filho de Joaquim Aristides dos Santos e Maria Aristides Soares, foi um dos primeiros habitantes da cidade que muito contribuiu para a constituição e consolidação do município de Ubajara, juntamente com seus conterrâneos Domício Pereira, Flávio Ribeiro Lima, José Gilberto de Sousa, Pe. Tarcísio Melo, dentre tantos outros.
Junto com quatro irmãos, lecionaram na primeira escola de Ubajara, conforme relato da Revista dos 50 anos de Ubajara. Em 07.09.1958 casou-se com Antônia Mourão dos Santos – D. Suraia, sua dileta companheira, por 27 anos, laços estes que só foram rompidos em 10.01.85, data do seu falecimento. Tiveram 06 filhos e 08 netos.
Sr. Waldemar, como era conhecido - um agricultor empreendedor, que como muita competência administrou os sítios da família, sendo destaque o Sítio Matriz. Lá, introduziu uma locomotiva à vapor que gerava energia para alimentar todo um complexo constituído de engenho de rapadura, serraria e máquina de pelagem de café.
Isso tudo nos áureos tempos da década de 50, mais precisamente no apogeu das culturas da cana-de-açúcar e café. Há registros que o madeiramento dos Patronatos de Viçosa do Ceará e Ubajara foram beneficiados lá.
Ele também se destacou como grande produtor de cana-de-açúcar, que conforme o Livro de anotações da Prefeitura Municipal de Ubajara, denominado - Exploração Agrícola, cujo exemplar único está na Câmara Municipal de Ubajara, destaca que Valdemar Aristides dos Santos, no ano de 1959, obteve uma produção que gerou o valor de 150.000,00 e que sobre este valor/produção pagou um imposto 1.950,00 em 04.02.60, colocando-o entre os 05 (cinco) maiores produtores do município de Ubajara.
Na década de 70, mais precisamente no governo estadual de Cesár Calls de Oliveira Filho, houve a implantação do café do IBC (Instituto Brasileiro de Café) com as variedades de mudas Mundo Novo e Catuaí, no Sítio Matriz, onde as primeiras mudas foram plantadas pelo próprio governador, tanto no campo como no jardim da propriedade, que existe até hoje. Inclusive Sr. Valdemar presenteou o governador do estado com um lote de terra, para construir uma casa de veraneio, que ficou conhecida como a Casa do César Calls.
A produção de café à época foi em torno 1.200 sacas/ano. Foi o primeiro usuário de energia elétrica rural de Ubajara, já no governo estadual de Adauto Bezerra, como também foi um dos 20 primeiros a instalar telefone, sob o número 213 e posteriormente 634-1213.
Homem de visão futurista, fez várias doações à Prefeitura de Ubajara com o objetivo de promover o desenvolvimento da cidade, tais como:
• PRAÇA DO MATADOURO (atualmente está encravado a caixa d`água, o prédio da Receita Federal, o CEO e a praça José Augusto) e o BAIRRO OPERÁRIO (atualmente o Bairro Monte Castelo), efetivadas no governo municipal de Flavio Ribeiro Lima, conforme escritura pública de doação registrada no Livro de Notas 05 às fls 85v à 87v de 25.09.1952, no Cartório de 2o Ofício de Ubajara-CE, COLÉGIO DA STA LUZIA, que recebeu o nome de Eudes Soares Cunha, MATADOURO e o BAIRRO VILA NOVA, efetivado no governo municipal de Raimundo Augusto (atualmente o bairro Vila Nova), POÇO PROFUNDO DA CAGECE, localizado no Sítio Olho D ́Água (que atualmente encontra-se abandonado).
Diante do relato acima, o seu filho – Joaquim Aristides Neto, pleiteia, que o Mercado Público de Ubajara, receba o nome de WALDEMAR ARISTIDES DOS SANTOS, haja vista que o imóvel (que foi desapropriado pela Pref. Municipal de Ubajara), onde está encravado a construção do mercado pertenceu a família Aristides, mais precisamente ao patriarca Joaquim Aristides dos Santos inclusive a casa centenária que foi demolida, nasceram todos os irmãos Aristides, dentre eles, Dr. Pedrosvaldo Aristides dos Santos (médico), Dr. Ariolino Aristides dos Santos (engenheiro civil) e Dr. Fco Pasteur dos Santos (desembargador, que por sinal o fórum da cidade de Cariré-Ce recebeu seu nome.


Joaquim Mulato foi uma figura histórica de destaque em Ubajara. Vindo de Granja, ele chegou ao município por volta de 1841 e se estabeleceu na Vila Jacaré, onde formou família ao lado da esposa, Matilde.
Ele é lembrado por ser um dos beneméritos que ajudou a reconstruir a vila após uma grande catástrofe que devastou a área. Joaquim Mulato contribuiu doando terras, que permitiram a reconstrução da vila e hoje abrigam a Igreja Matriz de São José.
Por sua relevância histórica e seu papel na formação e desenvolvimento de Ubajara, ele é reconhecido como patrono da cadeira 22 da Academia Ubajarense de Letras e Artes.
Academia Ubajarense
de Letras e Artes


Endereço: Sítio Matriz, zona rural
Ubajara-Ceará Cep.: 62350-000
CNPJ 51.979.377/0001-75


Fale com a Academia!
Preencha o formulário abaixo ou mande mensagem no WhatsApp